sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estilo Retrô


Hoje estava a viajar no Metropolitano de Lisboa e, de repente lembrei-me do grande Fernando Pessoa. Questionei-me toda a viagem, até sair na Alameda, mas porquê Pessoa? Passado algum tempo de andar a deambular pelas ruas da capital, concluí que o grande Fernando veio-me à cabeça, pois vi um rapaz de estatura mediana, com um bigodinho clássico, uns óculos pretos tipo “fundo de garrafão”; o chapéu era emblemático, anos 70, de fazenda pura, possuía também uns suspensórios alusivos aos lavradores que, estavam coligados a uns calções também eles de fazenda. Portava uma camisa aos quadrados, tipo pescador. Fantástico! O grande Pessoa, voltou para a metrópole.
Toda esta nova “moda” Retrô, que não é nada mais que, ir ao armário do avô e tirar tudo o que lá existe; deixa-me melancólico a pensar no mundo e, como é que não pessoas que não têm espelhos em casa. Não, não estou a criticar o humilde rapaz que avistei no metro, estou sim a dar o meu ponto de vista que, por pouco significante que seja, mostra como está a moda na “grande cidade cosmopolita”.

Acho ótimo o estilo, eu próprio não resisti à tendência e adquiri uns óculos de leitura, que me remetem também para o estilo Retrô. São azuis e comportam umas hastes grossas, concebidas em massa, mas são elegantes. O rapaz também era elegante, mas não estava de acordo com a sociedade, logo destacava-se negativamente; isto porque, não soube conjugar o paradigma “vestir bem” ou “vestir decentemente”.
O estilo Retrô, com letra maiúscula, chegou a Portugal por volta de 2007, mas não foi muito bem aceite pela sociedade, nessa altura. A sua expansão começou somente em 2009, quando grandes marcas de vestuário, como é o caso da ZARA, Pull & Bear, Springfield, Gant, Pepe Jeans, H&M, começaram a promover artigos de qualidade superior, mas com o tal toque Retrô. Chamo Retrô aos padrões florais (que me remetem imediatamente para William Morris e o papel de parede vegetalista) nas camisas, aos calções e chapéus estilo camponês, concebidos através de padrões quadrangulares, listas grossas e listas finas conjugam-se e fazem a harmonia perfeita, com cores soberanas; os óculos de sol da Rayban Wayfarer ou mesmo os Aviator, também eles são retrô.




Existe ainda uma panóplia enorme de objetos incríveis, mas agora não vou enumerar mais. Também se refletiu nos telemóveis, como é o caso do Nokia 6300, dos relógios Camel Active série 100, e tantos outros. Será que vai ficar ou é mais um movimento artístico como os outros, que vai e vem.

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