Alenquer é uma vila portuguesa,
pertencente ao distrito de Lisboa, com cerca de 10.800 habitantes. É sede de um
município com 43.267 habitante, conforme os Censos 2011, subdivido em 16
freguesias.
Desde cedo que a denominação “Alenquer”
foi sentida por parte dos habitantes locais. Esta é proveniente de “Alen Ker”
que significa “A vontade de Alão”. Alão ou alano é uma raça canina bastante
conhecida, pois tem imensas qualidades ao nível da caça e combate.
Este cão
continua a estar patente no brasão da vila. Sendo que, Alenquer recebeu foral
em 1212, pela infanta D. Sancha, após ser conquistada aos mouros, esta admite
já ser uma vila com uma forte herança cultural. Fundada por muçulmanos,
Alenquer ainda vive uma atmosfera arábica, como se pode ver nos arcos de volta
perfeita, que tanto remetem ao espírito arábico.
A níveis conceptuais, o projeto é muito
marcante, pois vem “remexer” em pontos importantes da história de Alenquer.
Antes mesmo de aceitar o desafio, investiguei imenso sobre a história da vila
presépio, pois não fazia ideia dos seus costumes, gastronomia típica,
conquistas, reis, monumentos.
Alenquer é uma vila com história, história
esta que não está patente na vida quotidiana de Alenquer. Assim, decidi pegar
nesta premissa “vida quotidiana e história” para desenvolver o projeto de
criação de novo logótipo para a vila. O briefing é bastante motivador,
centrando-se num logótipo que terá obrigatoriamente de ter algumas derivações.
A proposta de logótipo tem muito por base
um bom Lettering, que vem revolucionar o conceito. Pretende-se transmitir uma
mensagem de contemporaneidade, mas ao mesmo tempo histórica, visto Alenquer ter
um cariz muito especial. Para cada alteração de logótipo, decidi associar uma
imagem por mim criada, pois só assim será mais fácil, identificar o que
pretendemos, realçando o mais importante. Para representar Alenquer, enquanto
vila histórica, decidi retratar o cão Alano, cão este que deu nome à dita vila.
Segundo a lenda, Alão era um cão que guardava as muralhas de Alenquer,
impedindo que as tropas inimigas invadissem a pequena vila.
Simbologicamente, o cão é, por excelência,
o fiel amigo do homem, o qual sempre teve muita importância na vida humana.
Desde guardadores de rebanhos a fieis amigos, o cão sempre teve um importante
destaque na evolução do mundo. Deste modo, o cão Alano já se encontra no
galhardete da vila, mas decidi alterá-lo, dando-lhe maior destaque, pois foi
ele que deu nome à vila.
Para retratar o município de Alenquer,
decidi escolher as uvas, pois é uma zona de forte envolvimento com a vinho.
Existem imensas vinhas no concelho de Alenquer e quando penso em município,
penso em comunidade, partilha – a imagem terá de retratar os costumes do espaço
– região vinícola.
Desde há algum tempo que Alenquer é
considerada a vila presépio. Por estar situada num cenário idílico, pequenas
casas, montanhas, pequenos jardins, rio, tudo estes apontamentos remetem para a
imagem clássica de presépio, daí a consagração. Assim sendo e, por estarmos a
vivenciar tempos de reconhecimento e associação, resolvi retratar a imagem de
“vila presépio” numa estrela, pois é a estrela que assinala o nascimento de
Jesus Cristo e é também ela que guia os três Reis Magos até ao Menino.
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