Como já reparam o nosso
blog mudou de cara, fornecendo-lhe assim uma aparência mais séria. Espero que
gostem!
Queria ainda
declarar que as vossas mensagens são uma mais valia para continuarmos a
trabalhar no sentido de oferecer uma variedade alargada de temáticas
relacionadas com a Cultura Popular Portuguesa e, claro está, com o Design
Português, Arquitetura e áreas adjacentes. É bom receber feedback, tanto
positivo, com menos positivo, fazendo com que melhoremos as nossas
investigações, as nossas experiências.
Hoje deixo-vos um
tema que gosto imenso, pois estão em imensos sítios, mas na verdade não existe
muita informação sobre elas, apesar de serem bastante contemporâneas. No entanto,
com alguma pesquisa bibliográfica conseguiu-se reunir alguma informação
interessante.
Quero ainda pedir, para quem utilizar a informação que se encontra neste blog, disponível a todos os visitantes, quer em Portugal, quer no estrangeiro, que REFERENCIE a fonte de busca, não é complicado e evita chatices. Para quem não sabe referenciar uma fonte consultada, basta fazer (neste caso):
(André Lopes Cardoso, 2013) in concept-board.blogspot.pt, acedido a 26 de Abril de 2013.
A
cadeira Gonçalo, como é vulgarmente conhecida é a cadeira apanágio portuguesa,
utilizada principalmente em esplanadas, pois é ergonómica, altamente resistente
às alterações climatéricas e é empilhável, sendo fácil a sua arrumação. As suas
linhas são muito simples, no entanto reveladoras de um aprofundado conhecimento
sobre física e resistência dos materiais, devido às arriscadas dobras dos tubos
que a constituem. A estrutura é toda concebida em metal, composta por quatro
elementos: um tubo posterior que formaliza as pernas traseiras, o apoio de
braços e o contorno superior do encosto; outro tubo que define as duas pernas
anteriores e o contorno posterior do assento; um encosto curvo e ligeiramente
inclinado que é fixo ao tubo; assento ligeiramente reclinado com bordo
dianteiro curvo. As primeiras cadeiras tubulares deverão ter chegado a Lisboa
durante os anos 30 do século XX, provenientes da Bauhaus, mas cedo se
difundiram por todo o país. Em meados dos anos 50, Gonçalo Rodrigues dos Santos
criou então a cadeira, que só se viu registada nos anos 90 pela Arcalo[1],
sendo atualmente um dos fabricantes deste exemplar. A sua proliferação foi
grande, mas nos anos 70 do século XX sentiu-se uma enorme quebra na produção da
Gonçalo, devido ao advento do Plástico e das cópias massivas. Somente nos anos
90 renasceu o interesse por este ícone do Design Português, talvez com o
advento do Centro Cultural de Belém e da Expo 98, pois todas as suas esplanadas
eram equipadas com Gonçalas (Soares
& Ermanno, 2005).
“... a
cadeira de esplanada, em tubo de aço dobrada, que na década de 40 povoou o
espaço exterior do Café Lisboa, na Av. Da Liberdade, e se distribuiu depois por
todo o país, é design português da autoria do mestre serralheiro Gonçalo
Rodrigues dos Santos que de um anonimato, passa agora a chamar-se “Gonçalo”...”
Arcalo,
2005, in Arcalo
Atualmente
a cadeira Gonçalo é muito procurada e existe em vários materiais e acabamentos
como madeira, chapa de inox, várias colorações, entre outras especificações.
André Lopes Cardoso
[1] É uma empresa
especialista há mais de 50 anos na produção de
mobiliário de exterior. A Arcalo foi uma das principais empresas produtoras da
cadeira Gonçalo, tendo sido posta à prova durante a Expo 98, pois teve de
conceber cerca de 9000 exemplares Gonçalo, atingindo assim um lugar de topo a
nível nacional na produção de mobiliário de exterior. Atualmente já se
encontram a produzir novos modelos de cadeira e mesas, com recurso a materiais
superiores como o alumínio e o inox, realizando projetos completos para
esplanadas com novos detalhes que fazem toda a diferença.
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