A picaria é um exercício de domínio do touro, regido sob o signo da serenidade que só os mais hábeis e as melhores montadas permitem. O mérito da vara procede do “temple”, da dilação da reunião entre o cavaleiro a rês, aguentando o homem o touro na ponta do pampilho e na garupa da sua montada.
A demora do temple é a representação manifesta do domínio de si e do mundo, evocada num conjunto harmonioso de velocidade, de poeira, de vontades dissonantes e riscos: trata-se de “mando”, de impôr-se sobre a resistência do touro. O temple é uma metáfora da domesticação do mundo, é a própria alma.
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