segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cultura Popular Portuguesa

O nosso país e os nossos ideais estão mesmo em constante mutação.

No Sábado tive o gosto de assistir a uma reportagem relativa aos anos 50 do século XX e, ao modo como as pessoas se vestem e penteiam na contemporaneidade; conforme esse padrão dos ditos anos 50. Bem sei que é clichê, mas de facto - a moda é cíclica - o que acaba por ser muito interessante, pois acabamos por rever roupas e objetos que já não víamos desde a altura em que estiveram "na moda". Cada vez mais nos deparamos com um regresso ao clássico, às artes de início de século XX, aos penteados dos anos 50, aos automóveis retrô, a comprar peças vintage. O próprio conceito musical está em fase de mudança, ouve-se novamente o estilo jazz e o blues, soul e música intervencionista. Lisboa e os lisboetas estão a mudar.

Foi nesse sentido que foi escrita a tese intitulada Cultura Popular Portuguesa, que já se encontra on-line, pronta para ser descarregada ou simplesmente lida em:

https://www.repository.utl.pt/stats?level=item&type=access&page=downviews-series&object=item&object-id=10400.5/6618

Neste nosso caso de mestrado, a preocupação assentou nos objetos que têm vindo a desaparecer, principalmente das camadas mais jovens, o que me desagrada profundamente, pois existem objetos riquíssimos que fazem parte da nossa cultura e que não podem desaparecer.

Foi um privilégio trabalhar esta área tão portuguesa e tão nobre, acabei por aprender tanto sobre o nosso país e sobre a nossa arte. Ao ver estas mini-reportagens fico ainda mais convencido que fiz a escolha certa.

Como sabem tenho andado ausente, pois o trabalho como formador é bastante cansativo e requer muito do meu tempo. No entanto, como têm reparado, tenho andado muito dedicado à ilustração, principalmente das nossas profissões e novamente, da nossa Cultura Tradicional.

Em breve surgiram novidades.

Garrafa antropomórfica representando "A Guitarrista" por Maria dos Cacos
Faiança artística vidrada
Caldas da Rainha
Lembro-me de um texto que li enquanto escrevia a tese sobre a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e os imensos altos e baixos que tiveram, as recusas que tiveram e o desinteresse nacional pela arte bordaliana. Paralelamente a este desinteresse nacional, a arte bordaliana foi à Exposição de Paris de "1800 e tal" representar Portugal e esgotou todas as peças. Quer isto dizer que, não desistam de lutar por aquilo que realmente pretendem fazer no futuro.

Excelente semana ;)


       André Lopes Cardoso

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