Abordagem a vários temas, nomeadamente ligados à arte e cultura popular portuguesa, objectos de culto, genealogia...
terça-feira, 29 de abril de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Cultura Popular Portuguesa
O nosso país e os nossos ideais estão mesmo em constante mutação.
No Sábado tive o gosto de assistir a uma reportagem relativa aos anos 50 do século XX e, ao modo como as pessoas se vestem e penteiam na contemporaneidade; conforme esse padrão dos ditos anos 50. Bem sei que é clichê, mas de facto - a moda é cíclica - o que acaba por ser muito interessante, pois acabamos por rever roupas e objetos que já não víamos desde a altura em que estiveram "na moda". Cada vez mais nos deparamos com um regresso ao clássico, às artes de início de século XX, aos penteados dos anos 50, aos automóveis retrô, a comprar peças vintage. O próprio conceito musical está em fase de mudança, ouve-se novamente o estilo jazz e o blues, soul e música intervencionista. Lisboa e os lisboetas estão a mudar.
Foi nesse sentido que foi escrita a tese intitulada Cultura Popular Portuguesa, que já se encontra on-line, pronta para ser descarregada ou simplesmente lida em:
https://www.repository.utl.pt/stats?level=item&type=access&page=downviews-series&object=item&object-id=10400.5/6618
Neste nosso caso de mestrado, a preocupação assentou nos objetos que têm vindo a desaparecer, principalmente das camadas mais jovens, o que me desagrada profundamente, pois existem objetos riquíssimos que fazem parte da nossa cultura e que não podem desaparecer.
Foi um privilégio trabalhar esta área tão portuguesa e tão nobre, acabei por aprender tanto sobre o nosso país e sobre a nossa arte. Ao ver estas mini-reportagens fico ainda mais convencido que fiz a escolha certa.
Como sabem tenho andado ausente, pois o trabalho como formador é bastante cansativo e requer muito do meu tempo. No entanto, como têm reparado, tenho andado muito dedicado à ilustração, principalmente das nossas profissões e novamente, da nossa Cultura Tradicional.
Em breve surgiram novidades.
Lembro-me de um texto que li enquanto escrevia a tese sobre a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e os imensos altos e baixos que tiveram, as recusas que tiveram e o desinteresse nacional pela arte bordaliana. Paralelamente a este desinteresse nacional, a arte bordaliana foi à Exposição de Paris de "1800 e tal" representar Portugal e esgotou todas as peças. Quer isto dizer que, não desistam de lutar por aquilo que realmente pretendem fazer no futuro.
Excelente semana ;)
No Sábado tive o gosto de assistir a uma reportagem relativa aos anos 50 do século XX e, ao modo como as pessoas se vestem e penteiam na contemporaneidade; conforme esse padrão dos ditos anos 50. Bem sei que é clichê, mas de facto - a moda é cíclica - o que acaba por ser muito interessante, pois acabamos por rever roupas e objetos que já não víamos desde a altura em que estiveram "na moda". Cada vez mais nos deparamos com um regresso ao clássico, às artes de início de século XX, aos penteados dos anos 50, aos automóveis retrô, a comprar peças vintage. O próprio conceito musical está em fase de mudança, ouve-se novamente o estilo jazz e o blues, soul e música intervencionista. Lisboa e os lisboetas estão a mudar.
Foi nesse sentido que foi escrita a tese intitulada Cultura Popular Portuguesa, que já se encontra on-line, pronta para ser descarregada ou simplesmente lida em:
https://www.repository.utl.pt/stats?level=item&type=access&page=downviews-series&object=item&object-id=10400.5/6618
Neste nosso caso de mestrado, a preocupação assentou nos objetos que têm vindo a desaparecer, principalmente das camadas mais jovens, o que me desagrada profundamente, pois existem objetos riquíssimos que fazem parte da nossa cultura e que não podem desaparecer.
Foi um privilégio trabalhar esta área tão portuguesa e tão nobre, acabei por aprender tanto sobre o nosso país e sobre a nossa arte. Ao ver estas mini-reportagens fico ainda mais convencido que fiz a escolha certa.
Como sabem tenho andado ausente, pois o trabalho como formador é bastante cansativo e requer muito do meu tempo. No entanto, como têm reparado, tenho andado muito dedicado à ilustração, principalmente das nossas profissões e novamente, da nossa Cultura Tradicional.
Em breve surgiram novidades.
Garrafa antropomórfica representando "A Guitarrista" por Maria dos Cacos Faiança artística vidrada Caldas da Rainha |
Excelente semana ;)
André Lopes Cardoso
sábado, 19 de abril de 2014
Caça à raposa
A caça à raposa é uma prática muito antiga, iniciada no Reino Unido no século XVI, ainda praticada no presente em países como Austrália, Canadá, França, Irlanda, Itália, Estados Unidos, Portugal. Esta caça é uma tradição secular que consiste em caçar raposas, sendo que os caçadores (deslocam-se) vão em cavalos, acompanhados por matilhas de cães. Os cães normalmente utilizados nesta atividade foram produzidos para fortes instintos de caça, com o intuito de encontrar rapidamente a presa, foxhound. É no olfacto, na resistência e velocidade dos cães que se baseia esta caça. O número de cães utilizado em cada caçada varia entre 30 a 50 percorrendo normalmente 40 a 50 Km.
Esta prática foi proibida pelo Parlamento Britânico em 2002 na Escócia e em 2004 no País de Gales e Inglaterra, por ferir os direitos dos animais propostas pela Unesco. Muitos caçadores consideram util a caça à raposa, de maneira a controlar pragas e a própria conservação do habitat de outros animais.
Transcrição de "Batida das rapozas"
Pelo parente André Lopes Cardoso
Esta prática foi proibida pelo Parlamento Britânico em 2002 na Escócia e em 2004 no País de Gales e Inglaterra, por ferir os direitos dos animais propostas pela Unesco. Muitos caçadores consideram util a caça à raposa, de maneira a controlar pragas e a própria conservação do habitat de outros animais.
Caça à Raposa 2 - André Lopes Cardoso desenho vectorial Abril 2014 |
Em Portugal, a Equipagem de Santo Huberto, perto de Santo Estêvão (Benavente) é a única associação com
personalidade jurídica e com fins desportivos; o seu objectivo é a pratica da
caça à corricão, principalmente à raposa, com matilha, seguida a cavalo, e
actividades afins, bem como o exercício ou a promoção de outras modalidades do
desporto equestre e cinegético.
A E.S.H.
formou-se em 1950 com a compra de 30 cães de raça Fox-hound na Inglaterra e na
Irlanda em várias Equipagens. A actual matilha é constituída por 70 cães
Fox-hounds inscritos no Clube Português de Canicultura. Está
credenciada e inscrita no Baily's Hunting Directory, juntamente com outras 757
Equipagens de Inglaterra, Irlanda, França, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá,
Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Kenya e África do Sul.
As instalações da
E.S.H. estão situadas no Monte de Santo Estevão em Benavente sendo constituídas
por Casa Club de Campo, Casas de Huntsman e tratadores, canis e boxes para 30
cavalos.
Caçada nos Camilo Alves, Bucelas |
As habituais
áreas de caça são na Companhia das Lezírias, Mata do Duque, Fidalgos,
Zambujeiro, Zambujal, Comporta, Chaminé e diversas outras Herdades no Ribatejo,
Alentejo e Beira. A caça à raposa "Fox Hunting" tem como objectivo a
busca da raposa selvagem, seu levante e perseguição pela matilha até
encovamento ou apreensão pelos cães.
A época começa
normalmente em finais de Outubro depois das primeiras chuvas com o treino da
matilha nova, e preparação dos cavalos, e em princípio de Dezembro faz-se uma festa
especial de abertura oficial da caça com Missa e Benção da matilha, continuando
as caçadas até fim de Fevereiro.
Os dias de caça
são às quartas-feiras e sábados. Conforme o Artigo 2º. dos Estatutos a
Equipagem, e posta a sua natural vocação turística, admite a presença de não
Sócios na prática da sua actividade principal, mediante regras estabelecidas, e
o pagamento por participação, do montante fixado pela Direcção.
João Camilo Alves |
Já no início do século XX, em Portugal, faziam-se Batidas às Raposas. Deixo-vos com este artigo do Jornal Bucelense, no qual se descreve a Caça à Raposa e um outro artigo sobre a caça ao Coelho nas propriedades do sr. Camilo Alves, no Freixial, Bucelas.
As fotografias (clichés) dos artigos são de Joshua Benoliel.Batida às rapozas, Freixial, Bucelas |
Transcrição de "Batida das rapozas"
“No Freixial. – da esquerda
para a direita, os srs. D. Luiz Campos Henriques (Pinhel), Júlio Camilo Alves,
James Gilman, Augusto Lage, João Camilo Alves, José Vítor Santos, José Avilez
Melo e Castro (Galveias), Raul Gilman, João Camilo Alves Júnior, Jorge Graça,
Sebastião da Cunha, João Alves, Lino Henriques, Eduardo Ortigão Burnay e Jayme
Alto Mearim.
Mais uma batida às raposas realizou
a elegante equipagem Santo Huberto. Foi a última desta época e tão animada como
as anteriores. O local escolhido foram as grandes propriedades do importante
viticultor sr. João Camilo Alves, de Bucelas, no Freixial, propriedades que
fazem o enlevo de quem as visita, pelas suas soberbas instalações, pelo cuidado
e inteligência com que são tratadas.
Antes da batida foi o que fizeram os caçadores: visi.-…”
Batida às rapozas, Freixial, Bucelas (continuação) |
continuação da transcrição
“taram esses famosos
domínios vitícolas, no que eles têm maus interessante, demorando-se um pouco
nas vastas adegas e provando os vinhos d’aquela privilegiada região, entre os
quaes alguns havia antiquíssimos e do mais fino paladar.
Depois da batida, o sr. João
Camilo Alves e seus filhos ofereceram um delicioso almoço aos garbosos membros
da equipagem, que se retiraram verdadeiramente encantados com a fidalga
gentileza dos seus anfitriões.”
Caçada em Bucelas |
Transcrição de "Caçada em Bucelas"
“Nas propriedades do sr. João
Camilo Alves, abastado e bemquisto vinicultor em Bucelas, realisou-se uma
caçada aos coelhos em que tomaram parte os srs. Domingos Costa Ribeiro, Abel Teixeira
Pinto, Júlio Freire, Sales Moraes, Joshua Benoliel, Hermano Wagner, José Nunes
Godinho, Camilo Lelis Alves, António Andrade Sousa, Camilo Jorge Alves, João
Camilo Alves Júnior, Júlio e João Camilo Alves, amadores do sport venatório, que abateram muitos
animais apesar do vento forte que soprou durante o dia.
Essas propriedades que se
denominam a Chã do Godinho e Veloso, são das mais férteis da região que, como
outras que lhe pertencem, produzem os melhores vinhos brancos e de pasto que
tão conhecidos são em Portugal e dos quaes é feita uma larga exportação,
principalmente para o Brazil, mantendo-se-lhe a sua justíssima fama porque o
sr. Camilo Alves conserva aos seus tipos a mesma uniformidade pela cons-…”
Caçada em Bucelas (continuação) |
continuação da transcrição
“cienciosa forma com que os fabrica e conserva, o que lhe tem
grangeado a merecida fama de que gosam.
Aos seus
convidados ofereceu o sr. Camilo Alves um apetitoso almoço próprio de caçadores
e um delicioso jantar que foram regados com magnifico vinho da sua lavra,
reinando durante as refeições a mais franca alegria e trocando-se entre os
convivas os mais espirituosos ditos e afectuosos brindes.
Depois
fez-se musica e cantou-se, tendo os convidados do sr. Camilo Alves retirado de
Bucelas encantados não só com o bom resultado da caçada como também com a forma
bisarra com que aquele senhor e sua família os receberam.”
A indumentária
Durante a "caça de teino" ou "caça informal", os cavaleiros vestem-se informalmente: casacos de hackers de tweed são usados com ratcatchers para mulheres e camisas e gravatas para os homens. Um ratcatcher é uma camisa da equitação da senhora com um colar standup com um ou dois botões. Um casaco cubbing ou jaqueta cortante tem bolsos inclinados com uma frente de três botões. Tradicionalmente, jaquetas de mulheres tinham respiradouros laterais e cavalheiros tinham um respiradouro central, mas hoje as pessoas escolhem o que parece melhor para sua forma de corpo.
Ao escolher um casaco cubbing ou revestimento de hacking, selecione uma cor e padrão que é complementar a sua construção e coloração. As camisas podem ser de toda a cor e teste padrão que olham bem com o revestimento. Um laço gravado modelado ou colorido é vestido às vezes durante a estação cubbing. Vestes Tattersall podem também ser usadas, também. A gravata e colete adicionam calor que poderá ser importante quando os dias se tornam mais frios.
Os cavaleiros que usam casacos de tweed devem vestir botas castanho escuro, cordovinas ou de campo castanho. O preto é para a caça formal. O piloto pode usar botas de três fivelas em vez da bota de campo. As calças devem ser bronzeado ou ferrugem na cor. Existem vários tons de bronzeado que são aceitáveis. Os pilotos mais jovens usam esporas e botas de paddock castanho escuro.
Relactivamente à Caça Formal, um membro da caça (os membros em geral ou convidados, não o pessoal da caça) deve usar uma jaqueta que é de cor escura:preto ou cinza de carvão para homens
A indumentária
Indumentária informal |
Ao escolher um casaco cubbing ou revestimento de hacking, selecione uma cor e padrão que é complementar a sua construção e coloração. As camisas podem ser de toda a cor e teste padrão que olham bem com o revestimento. Um laço gravado modelado ou colorido é vestido às vezes durante a estação cubbing. Vestes Tattersall podem também ser usadas, também. A gravata e colete adicionam calor que poderá ser importante quando os dias se tornam mais frios.
Os cavaleiros que usam casacos de tweed devem vestir botas castanho escuro, cordovinas ou de campo castanho. O preto é para a caça formal. O piloto pode usar botas de três fivelas em vez da bota de campo. As calças devem ser bronzeado ou ferrugem na cor. Existem vários tons de bronzeado que são aceitáveis. Os pilotos mais jovens usam esporas e botas de paddock castanho escuro.
Relactivamente à Caça Formal, um membro da caça (os membros em geral ou convidados, não o pessoal da caça) deve usar uma jaqueta que é de cor escura:preto ou cinza de carvão para homens
Preto, carvão ou azul marinho para mulheres.
Os botões do casaco devem ser simples. A jaqueta pode ser um casaco de hacking ou caçar frock. Um casaco é um casaco sob medida, uma costura na cintura, e uma saia mais cheia. A costura da cintura de um vestido de caça fica no topo do osso do quadril do indivíduo. A saia tende a ser mais longa do que um casaco de equitação tradicional para ajudar a manter o cavaleiro quente e seco em clima inclemente. Os casacos vestidos por membros do campo e convidados têm três botões e cantos redondos na parte inferior. Mestres de campo, caçadores e atacadistas geralmente usam casacos escarlates, às vezes conhecidos como "pinques", com as cores da caça sobre os colares e botões de latão.
Botas para caça formal |
Funcionários e membros do campo que usam casacos encarnados também devem usar botas pretas com topo castanho ou bronzeado. (As mulheres que ganharam suas cores devem vestir botas de pretas com topo de couro preto patente.) Calções brancos são sempre corretos com casacos formais. Calças de brim ou de lã também são aceitáveis.
Botões e a forma dos cantos frontais num casaco informa os outros pilotos que o utente está na hierarquia da caça. Um casaco com cinco botões de latão na frente e cantos quadrados é o caçador. Só o caçador utiliza muitos botões na jaqueta. Whippers-in e Masters usam quatro botões de latão e cantos quadrados nos seus casacos.
Um mestre que também caça com cães também usará cinco botões.
Pelo parente André Lopes Cardoso
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quinta-feira, 17 de abril de 2014
Ilustração tauromáquica
Boa tarde,
Hoje partilho convosco ilustrações de Tauromaquia, as quais me deram imenso gosto a conceber. Não sei se é por ser uma temática tabu em certas regiões de Portugal, o que é certo é que não podemos descurar a arte da tauromaquia em todas as vertentes.
Hoje partilho convosco ilustrações de Tauromaquia, as quais me deram imenso gosto a conceber. Não sei se é por ser uma temática tabu em certas regiões de Portugal, o que é certo é que não podemos descurar a arte da tauromaquia em todas as vertentes.
André Lopes Cardoso - Pega desenho vectorial Março 2014 |
André Lopes Cardoso - Toureiro desenho vectorial Março 2014 |
André Lopes Cardoso - Toureiro desenho vectorial Abril 2014 |
André Lopes Cardoso
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Lisboa, Portugal
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Minha varina, Chinelas por Lisboa, Em cada esquina, É o mar que se apregoa. (Ana Moura)
Esta composição resulta de um exercício que conjuga o fado de Ana Moura com a ilustração de Stuart Carvalhais. Neste sentido, foi solicitado que ambos entrassem em harmonia, num desenho contemporâneo, mas com um cariz lisboeta, popular.
Varina - André Lopes Cardoso desenho vetorial Dezembro 2013 |
André Lopes Cardoso
Palavrar
Bom dia,
Ontem foi assim, desenvolvimento de conceito para uma livraria em Lisboa denominada "Palavrar".
O objetivo era criar primeiramente o concept-board, de maneira a perceber-se quais as cores, formas e lettering mais eficazes.
Espero que gostem!
Ontem foi assim, desenvolvimento de conceito para uma livraria em Lisboa denominada "Palavrar".
O objetivo era criar primeiramente o concept-board, de maneira a perceber-se quais as cores, formas e lettering mais eficazes.
Espero que gostem!
Concept-board |
Lettering |
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Logótipo possível 2 |
André Lopes Cardoso
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